março 31, 2008

18

Assisti a uma reprise do Saia Justa no domingo (sim, de vez em quando eu paro naquele tricrotete de merda, não me perguntem o motivo) e uma das perguntas que elas se fizeram me chamou a atenção: aos 18 anos você imaginava que estaria onde está agora? Nenhuma delas acertaria a previsão, aos 18 apostavam em bem menos do que tiveram. Eu, com 18 anos, na verdade, era tão desencanada que não sabia o que estaria fazendo aos 19. Será que 18 não é um bom parâmetro para se saber até onde se pode chegar? Não, talvez não seja isso. Mesmo assim, imagine o massacre com os já quase nada adolescentes de agora que têm de decidir coisas demais mais cedo que isso.
Mas, voltando ao programa, o que eu gostei mais foi de um comentário feito pela Maitê Proença, o de que ela não apenas não imaginava naquela época o que ela se tornou como, de certa forma, não imagina, hoje, o que estará fazendo em mais algum tempo. E que ela está pronta para dar uma virada e recomeçar sua vida, mudar, fazer coisas que não fez até agora.Novos caminhos. Bom, sem discutir o mérito do que ela diz e faz, ou o que deveria fazer, eu fiquei pensando, do que temos tanto medo quando imaginamos o começar de novo? O que nos apavora?

Encontros
Eu sabia que teria de encontrar, mais cedo ou mais tarde, o texto que li agora há pouco. Chorei, claro. Mas um amigo acabou de elogiar meu sorriso. Sorri, claro. E tudo volta como antes.

Lisle
Você já esteve em Lisle?
Have you ever been in Lisle?

Dúvida
A grande amiga de uma amiga minha está apaixonada pelo sacana do chefe dela. Isso não é síndrome de estocolmo?

Love Hurts
Bom, em função da miscelânea de sentimentos no meu dia, do riso desenfreado ao choro, do flerte à despedida, do sério ao relaxado, do tudo ao nada, vou colocar um clássico para lá, de lá, de lá longe. Mas, clássico é clássico. Vou de Loves Hurts, com Nazareth e um vídeo deles antiiiiiigo, com as roupas e hat hair da época. Mas a música, ainda bate, não? That´s all.

março 29, 2008

Imitação da vida

Por motivos que desconheço, o Youtube não me deixou colocar aqui o vídeo que eu queria. A música é The Space Between, do Dave Mattews Band. Ela tem uma letra linda. Vou destacar só dois versos aqui:
"O espaço entre o lugar onde você sorri e se esconde é onde você me encontrará se um dia eu tiver quer ir"
"O espaço entre o que é errado ou certo é onde você me encontrará me escondendo e esperando por você.. o espaço entre o seu coração e sua mente é o espaço que preencheremos com o tempo" Quem quiser ouvir é só clicar no nome da música lá em cima.

Então vamos de Imitation of Life, do R.E.M. O vídeo também é bem interessante.
Tem uma parte da letra que diz mais ou menos isso: "esta tempestade relampejante, esta onda de maré, esta avalanche, eu não tenho medo, venha, venha, ninguém pode me ver chorar, aquela bala doce tão gostosa, isso é quem você é, isso é o que você pode, venha, venha, ninguém pode te ver chorar"

março 28, 2008

Você não levita?

Esta semana aconteceu pela segunda vez. Uma e meia da manhã toca meu interfone e o porteiro pergunta se eu estou ouvindo som alto. E, nas duas vezes, eu não estava. Da primeira vez deixei passar, foi um engano. Mas a segunda me irritou.
- Não estou, mas posso. É uma reivindicação?
A questão é que a vizinha de baixo resolveu encarar essa de me infernizar com reclamação de som alto. Pior é que quando há realmente barulho aqui, ela parece não se importar. Peguei um treco bem pesado e joguei em todos os lugares do apartamento, sapateando. Interfone toca de novo.
-- Ela disse que se enganou e pede desculpas.
Se enganou, bem? Bom, parei com meu barulho e fui dormir. Mas fiquei pensando quanto pode ter de QI alguém que resolve comprar uma briga com uma pessoa que mora em cima de você -- na escala do mundo vertical, hierarquicamente superior -- tem carpete de madeira em casa, um monte de CDs, uma pilha de DVDs de shows e home theater? Melhor que isso, só contando para a desavisada que sou de Escorpião.
Isso aconteceu logo depois de eu ter voltado de uma exposição, onde conheci um fotógrafo que me contou que quando ele era casado sua esposa acordava todos os dias bem cedo para ir trabalhar. Um dia, o vizinho de baixo o chamou para reclamar que a esposa fazia muito barulho enquanto se arrumava.
-- Sabe que ela me acorda também? Todo dia nesse mesmo horário. E eu digo para ela "Levita, Lucinha, levita" e ela não me dá a mínima. Não faz o menor esforço e continua andando pela casa. Andando, pode?
Um dia desses li um post em um blog que não me lembro qual é, infelizmente, mas o cara dizia que um dia recebeu um email de uma pessoa que se dizia seu leitor e que gostava muito do que ele escrevia. Mas ele tinha um pedido, como era seu vizinho de baixo, dava para colocar uma mangueirinha no ar condicionado para que não pingasse mais no dele. O cara pirou porque imagina o cara que você cumprimenta todos os dias, mas não vai além disso, sabendo tudo que você faz, pensa, apronta. Bom, eu sei que não há a menor possibilidade, mas adoraria que minha vizinha lesse isso aqui. "Raciocina, baby".

O blog do mestre
Como dizem que meus posts vão de alhos a bugalhos resolvi colocar um intertítulo para dar a impressão de que é um novo. Bom, esse é para contar que meu criador, Pedro Almodóvar, agora é blogueiro. A antenadíssima Andarilha colocou isso lá no seu blog e estou pegando o embalo aqui. Ele não é tudo? Ainda por cima agora é dos nossos, daqui a pouco está indo em festa no Priorado.

Amadores, blah..
Definitivamente, sexta e sábado à noite na rua só dá amadores. Hoje eu desisti no meio do caminho e dei meia volta. Trânsito para chegar nos lugares lotados, barulhentos, onde a ânsia pelo divertimento fácil quase estoura na sua cara. Nada daquele papo furado entre amigos, relaxado, onde você alterna conversas leves, descontraídas, com as mais profundas, sérias. Tudo no ritmo de uma onda do mar, na maré mansa. Por isso, os almoços no final de semana ainda ganham de lavada. É a hora que os profissionais deixam seus esconderijos enquanto todo aquele mundaréu de outros descansa para carregar as energias para a náite.

Quem começa se não pode concluir?
Adorei a linha intertitular. Não paro mais. Mas estava aqui pensando qual o controle que precisa ter uma pessoa para evitar começar algo que não pode, ou não quer, terminar? Como resistir à sedução da novidade? Admiro as pessoas que têm essa capacidade, que têm concentração na sua própria rota evitando os desvios. E as entendo cada vez mais.

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março 26, 2008

Enquanto a gente se diverte...

É silencioso mas dramático. Nós nem percebemos mas saberemos as conseqüências em breve. É como a água que começa a entrar no seu barco, você acha que vai controlar e, de repente, tem de pular fora e sair nadando o mais rápido possível. Pois é, enquanto pensamos nas coisas imediatas da nossa vida, um enorme bloco de gelo do tamanho da ilha de Man se desprendeu da Antártida e grande parte da plataforma Wilkins está presa agora por um fio. "Uma grande parte dessa plataforma - uma massa de gelo flutuante de 16 mil quilômetros quadrados, quase o tamanho da Irlanda do Norte - agora é sustentada "unicamente" por uma pequena faixa de gelo suspensa entre duas ilhas". Não é de dar medo? Até ia encerrar com minha música tétrica, mas por amor a vocês mais uma vez os pouparei. Fico em silêncio mesmo.
Ah, alguém escutou ontem à noite o barulho do panelaço em Buenos Aires? A Cristina Kirchner assumiu um dia desses e o pau já está comendo. Começou com a carne -- sempre começa, não? -- e não se sabe onde vai parar. Vixi.
Aproveito também para comentar a matéria que li hoje no G1 cujo título é"Inglesa passa um mês fumando maconha" . Excuse me? Tem gente que ganha de longe dela, faz isso há anos. E ela foi voluntária para um programa da BBC. De graça, bem?

março 25, 2008

Mensagem para o universo

Eu tenho um amigo que costuma dizer que se um dia ele estiver velejando e achar uma garrafa que seja uma Absolut cheinha e gelada. Eu lembrei disso quando vi a matéria da mensagem dentro de uma garrafa que uma menininha jogou no mar, em Seattle, como parte de um projeto de ciências. Ela foi achada na praia ontem por um caçador de ursos em Nelson Lagoon, povoado do Alaska. Foram 21 anos para a garrafa atravessar 2,8 mil quilômetros.
A questão pode até ser meio romântica, remetendo a travessias mar adentro e para as mãos de quem o destino irá levar sua mensagem. Mas, vamos e venhamos, que a moda não pegue porque jogar garrafa no mar para experimento de ciências é algo que deveria ser proibido mesmo em 1987. E ainda ser resgatada por um caçador de ursos em pleno 2008. Ou seja, garrafa vai, garrafa vem, o mundo não está mudando tanto assim.
Mas, ao mesmo tempo, fico pensando como mandamos nossas mensagens. E não estou falando de celular, internet, nada disso, mas a forma como enviamos recados sublimares para as pessoas. Eu ando prestando muita atenção nisso e vejo quantas mensagens erradas nós passamos, só no automático. E como é engraçado às vezes você se deparar com a leitura do outro, nem sempre em sintonia com o que você, realmente, é ou com quem pensa que é. O problema é que quando você começa a ajustar esse dial vai ter de encontrar muitos olhares incrédulos pela frente. Daí vem a preguiça, será que lá vão mais 21 anos para me descobrirem, como a tal garrafa?. De qualquer forma, há mensagens que eu realmente gostaria que chegassem.
Como não sou modernosa (brincando, Mara) vai mais um clássico. De vez em quando bate uma novidade.
Mas não será a óbvia Message in a Bottle, do Police. Vamos mesmo de Pink Floyd, porque eu gostaria que você estivesse aqui é uma mensagem para o universo e espero que não leve milhões de anos para ser decifrada.

março 23, 2008

Faça sua própria música

Resolvi experimentar o Lifehouse Method, projeto do Pete Townshend, líder do The Who, que foi levado adiante com o compositor e matemático Lawrence Ball e o desenvolvedor de software Dave Snowdon. O princípio é de que todo mundo pode se tornar um compositor. Você se cadastra no site e o software permite que você componha algo. Pode plugar seus próprios equipamentos para gerar o som, mas como não sou música, utilizei os recursos disponíveis no site. Escolhi três sons, dos que me foram oferecidos, e depois coloquei ritmo em cima deles, seguindo todas as instruções. Só que, sem saber exatamente o que estava sendo feito a partir dos cliques que dava na tela, criei músicas "tétricas" como diz minha filha. Mas já comecei a me acostumar, e entender o que ocorre lá, e não vou desistir. É muito louco quando você escuta os primeiros acordes de algo que criou. Mesmo que tétricos. Tentem, é divertido.
Bom, vou poupar vocês das "minhas músicas".Nada melhor do que encerrar com o próprio The Who. Behind the Blue Eyes. Que para mim, ultimamente, tem sido mais behind the green eyes.

março 18, 2008

Where is my love?

Dá para entender. Os motivos são plenamente justificáveis e até meio nobres. Tudo que uma mulher compreensiva tem condições de absorver, numa boa. Mas, na verdade, levei um cano e, não adianta enfeitar, cano é cano. Só por conta disso, vamos de Cat Power. E duvido que alguém reclame. rs.

março 16, 2008

O que me faz falar?

A gracinha da Lu Letras me deu uma tarefa: dizer aqui o que me inspira a escrever no blog. Vou ter de confessar, primeiro, que não gosto muito de "tarefas". Justamente porque eu acho que devo escrever quando estou a fim e sobre o que eu quiser. Mas ela cumpriu tão bem a mesma tarefa, quando lhe passaram, que resolvi que ela merece esse esforço e até que eu repense sobre isso, algumas "tarefas" podem ser interessantes.
Na verdade, não sei se me inspiro para escrever aqui. Sei que respiro. Não sei relacionar os assuntos que me interessam para colocar um post, mas sei os que não me interessam. Em geral, política e telecomunicações, por já serem tão presentes na minha vida, estão fora. Não que eu não tenha interesse em ler posts sobre esses temas em outros blogs, pelo contrário. Mas não preciso deles aqui também.
Tem muita coisa presente na minha vida que, claro, passo aqui. A música, por exemplo. Não vivo sem ela e amo o Steve Jobs por ele ter atendido a um antigo sonho meu, o de que, como nos filmes, todo mundo teria direito a ter sua própria trilha sonora tocando na sua cabeça. Meus amigos, estão a todo momento aqui, com uma ou outra história, senão com quase todas. Meus livros chegam às vezes, principalmente quando ainda estão quentes nas minhas mãos. Os filmes, ah, os filmes, eles não escapam também. E as viagens, os cheiros, as pessoas...nossa, tem muita coisa e não vou conseguir relacionar tudo. Poderia resumir com, é a vida, é a vida e é a vida...
Por fim, queria dizer que tem uma citação no pé desse blog, desde que ele foi criado, que vale também para o que acontece aqui: "não sei para quem eu falo, mas sei exatamente o que eu digo". E Internet é isso, vc não sabe com quem fala, não sabe nem se fala com alguém, mas a página está aí, para quem quiser ver e comentar. E, como tudo na minha vida, graças a Deus, dei sorte até nisso e conheci muita gente boa por aqui.
Outra "tarefa", essa que eu mesma me impus, é a de prestar atenção em coisas que acontecem ao meu lado e entram no automático apesar da grande importância que têm. E observá-las como se fosse algo novo. Funciona. E foi muito bom ver a chuva chegar hoje. Só por conta disso, vou encerrar com Creedence Clearwater Revival. Você já viu a chuva alguma vez caindo em um dia ensolarado? (não era o caso hoje, do dia ensolarado, mas vale assim mesmo)

março 12, 2008

Para deixar rolar

São nove minutos e meio com Steve Ray Vaughan. Quer melhor? Ele toca Texas Flood, que já ganhou tantas versões na mão de guitarristas diferentes depois disso, cada um colocando seu talento e improvisação. E ele é demais, sempre. Morreu cedo, na carona de um avião que levava a turma de Eric Clapton. Pena. Bom, blues para deixar rolar...

Santo ocupado não faz milagres

No sábado, conversando com umas amigas, comentava a parte da peça "Os homens são de Marte e é para lá que eu vou" onde a personagem principal -- a única -- distribuiu santinhos de um santo novo argentino que, segundo ela, "não tem fila". É pedir e ser escutada. Uma amiga minha, mineira, disse que sua irmã já lhe dizia isso há muito tempo.
-- Filha, desiste de santo muito ocupado. Veja o Santo Antonio, parece uma fila do SUS, o que tem de gente ligando para ele. Ele acaba atendendo tudo trocado.
Faz sentido e dá para entender as encrencas amorosas que muita gente se mete. Para essa minha amiga, por exemplo, mandou dois trens bravos: um padre, louco por ela, e um cigano doido que lhe mandava almoço, jantar, café da manhã. Socorro. Ainda bem que agora acertou lhe oferecendo o frescor da juventude.
Mas, segundo a irmã da minha amiga, era preciso buscar santos que ninguém conhecia, como o São Pancrácio, quem conhece? eu, pelo menos, não tinha a menor idéia mesmo de quem era, nem se existia de verdade.
-- Existe sim, está nas Edições Paulinas.
E não é que está mesmo? dei uma busca e descobri que o São Pancrácio tem até uma igreja, em Interlagos, e que protege um monte de coisas. Muita gente que quer encontrar trabalho faz promessa para ele, apesar de o patrono dos trabalhadores ser São José. Mas deve ser o caso, como um está ocupado, melhor recorrer ao outro.
Bom, depois que não acho mais o santinho que da Nossa Senhora Desatadora de Nós -- acho que voou pela minha janela, exausto de tanto rolo para desatar -- estou pensando seriamente em aderir a São Pancrácio. Sei não, talvez seja melhor falar logo com o chefe, não? E se eu quiser falar com Deus...

março 10, 2008

Paranoid

É sempre bom lembrar. E o velho e bom Ozzy Osbourne, o pai do metal, sabia muito bem mexer com a gente naqueles tempos malucos e inesquecíveis, ninguém lembra nada. Se não gostam, sorry. Mas além da saudades, a letra está meio que batendo comigo ultimamente. Bjs for all.

março 07, 2008

Um pouco mais de malandragem

Não concordo muito com a coisa de um dia só para a gente, mas boralá..Um pouco mais de malandragem, meninas. Da boa, claro.

Dá-lhe dona Cássia, se o príncipe virou um sapo e quem sabe a vida não é sonhar.

Bjs

março 05, 2008


É fogo !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Noite de sábado na Barceloneta, o bairro próximo ao porto de Barcelona. Chego mais cedo no apartamento para ajudar a preparar a mudança da minha amiga. Ninguém. Começo a passar as minhas fotos para o computador, com o MP3 grudado no meu ouvido. Por um momento tive a impressão de que ouvi alguém gritando, já vamos ajudá-la, mas desencanei. Minha amiga chega pálida, nervosa. "Temos de chamar a polícia". A senhora, já bem idosa, que mora no apartamento abaixo do dela estava há um bom tempo pedindo socorro e batendo no chão. Momentos de tensão. Outros vizinhos tentavam acalmá-la enquanto a polícia não chegava.
Chega o primeiro policial e, claro, vai para o nosso apartamento já que era o único que permitia o acesso ao de baixo, via sacada. O apartamento da Barceloneta, apesar de confortável, era pequeno, um dormitório, cozinha conjugada, banheiro e uma sala. Olho para o policial na janela:. Ele era jovem, devia ter uns dois metros de altura, só de pano para a calça devia gastar boa parte do orçamento da polícia. Segundo minha amiga, seu cabelo parecia do Tiririca, mas eu não me lembro como era, então fica valendo. Aquelas pernas enormes, a bunda um pouco avantajada, apesar de não ser gordo, aquela pistola -- a arma mesmo -- pendurada no quadril..ali, encostado na janela que ficava pequeninha na frente dele.
"Não posso olhar, não posso olhar". Eu tentava, desesperadamente, evitar o olhar da minha amiga. Não deu outra, tivemos um ataque de riso que ela teve de correr para o banheiro e eu para o quarto. Mas a situação vai mais longe e chegam eles, os nossos heróis bombeiros. Oito. Tirando um senhorzinho e uma mulher, todos jovens, bonitos, tudo que o imaginário feminino adora. E, claro, tomaram todo o espaço do apartamento. Invadiram, para falar a verdade.
O mais gostoso começa a tirar a capa, o capacete, colocar o mosquetão e se preparar para o mergulho de sacada para sacada. Sabia que estava fazendo sucesso e prolongava seu momento. Eu, disfarçando, tentava tirar o flash do celular para bater uma foto. Nada, desistimos e corremos para a janela para não perdermos nada da operação descida.
Não bastasse o que já acontece naquela cidade enlouquecida, ainda tivemos aquele show de testosterona de graça, dentro de casa e com direito a pipoca no microondas..Ou a meus sais na banheira.
Pior foi deixá-los ir embora depois do resgaste sem sequer oferecer um café, um vinho, queijos, uma muqueca de camarão, um porro, qualquer coisinha que fosse. Nem fazer a clássica pergunta, que horas você larga? pode nos ajudar na mudança? Nada, duas despreparadas para gerenciamento de situações de risco.
Ah, a velhinha. Ela tinha caído, foi resgatada, levada para o hospital e voltou mais tarde com o filho. Minha amiga ainda sugeriu que ele, o filho, deixasse o telefone com um vizinho para casos como esse. Ele disse que, na verdade, ela usa uma pulseira, relógio, algo assim, que quando é apertado ele é chamado no telefone. Mas o problema é que a senhora tem Alzheimer e nunca lembra de apertar aquele treco. Ou seja, a quem se quer apertar? Triste, não?
Bom, várias taças de vinho depois nos despedimos da Barceloneta e mudamos no dia seguinte para um apartamento maravilhoso na Tetuan. Estou me incluíndo sim, viu, Ti, Pedro, Hugo e Edu, afinal já tenho até um quarto aí..E lembranças pro Billy.

março 03, 2008

Como ainda não consigo falar, vou de carona..

Thumbing My Way
I have not been home since you left long ago
i'm thumbing my way back to heaven
counting steps, walking backwards on the road
i'm counting my way back to heaven
i can't be free with what's locked inside of me
if there was a key, you took it in your hand
there's no wrong or right, but i'm sure there's good and bad
the questions linger overhead
no matter how cold the winter, there's a springtime ahead
i'm thumbing my way back to heaven
i wish that i could hold you
i wish that i had
thinking 'bout heaven
i let go of a rope, thinking that's what held me back
and in time i've realized, it's now wrapped around my neck
i can't see what's next, from this lonely overpass
hang my head and count my steps, as another car goes past
all the rusted signs we ignore throughout our lives
choosing the shiny ones instead
i turned my back, now there's no turning back
no matter how cold the winter, there's a springtime ahead
i smile, but who am i kidding?
i'm just walking the miles, every once in a while i'll get a ride
i'm thumbing my way back to heaven
thumbing my way back to heaven
i'm thumbing my way back to heaven.PJ