dezembro 31, 2008

Então, vamos nessa.

É, os desafios podem ser grandes. Mas tiram você da zona de conforto e te exigem muito mais, o que pode ser muito bom. Como se diz há muito tempo, o importante é manter a mente aberta, o corpo ereto e o coração tranquilo. E, claro, saber identificar a onda e deslizar por ela em grande estilo, com mais momentos mágicos como o de Laird Hamilton na foto. Recomenda-se prestar bastante atenção nas pequenas e grandes magias. Que hay conexão direta com o mestre lá de cima, hay. É só saber onde está o portal. Para ajudar, que tal estreamos a nova data com as boas vibrações da clássica canção que nunca perde a parafina. Os garotos da praia que o digam. Bora, boralá.

dezembro 22, 2008


Silent Night/Little drummer boy, com Hendrix. Agora sem tanta neve.

dezembro 17, 2008

A estratégia do sonho


Esse título podia ser o dessa foto do Patrick Nosetto. Mas é da retrospectiva do Bertolucci que começa hoje no Centro Cultural do Banco do Brasil. Adoraria ter tempo para ver. Mesmo que saiba que nunca mais terei a sensação gostosa de entrar no cinema para ver, pela primeira vez, o já badalado O Último Tango em Paris. Ou de assistir várias vezes Novecento com o namorado que queria mudar o mundo. Bom, a mostra terá esses e outros, principalmente da primeira fase do cineasta. E com cópias 35 mm.

Emoção
Eu fiquei muito emocionada ao ler a história da menina de cinco anos que achou R$ 20 mil na manga de um casaco doado para as vítimas de Santa Catarina. Mesmo depois de ter perdido a casa em que morava, o avô, Daniel Manoel da Silva, procurou o doador e devolveu o dinheiro. Seu argumento era de que se tivesse recebido o dinheiro diretamente, aceitaria. Mas não foi o caso. Pelo que fez, ganhou R$ 1 mil. Para ser um belo conto de Natal, só se na semana que vem começassem a chegar doações específicas para ele, não? Presentes, dinheiro, material de construção.
É uma história que muitos classificariam como piegas e idiota, já que ele não tinha a quem prestar contas e poderia ter ficado com o dinheiro. Mas eu entendo que alguém como ele não teria feito outra coisa. É o que meu avô faria, tenho certeza. Outros tempos, outras vidas. Essa também é uma ótima retrospectiva, não?

What a Wonderful World
Só por conta disso, vamos com a clássica. Mas não amoleci tanto assim, portanto versão by Ramones. Ótima.

dezembro 12, 2008

Run, moça, run

É sempre a mesma coisa, já deveria ter me acostumado. Se eu não me adapto à divisão de tempo, porque acho que seria melhor com calendário? Eu odeio essa pressão de que o ano está acabando, que o próximo está chegando rápido e você tem de estar pronta para recebê-lo. O dia primeiro de janeiro, normalmente, me pega com aquela sensação de que saí de casa e deixei o ferro ligado. E, claro, perdi a chave. Ou que chego no aeroporto e percebo que esqueci o passaporte em casa. E nem adianta voltar correndo porque, óbvio, perdi a chave. Levo pelo menos uns 10 dias para me adaptar e acreditar que tudo será, realmente, novo. Ou que, o mais provável, tenho um monte de pendências para resolver do velho ano. Medo. Ai, quem inventou isso?

Pó cósmico
É nessas horas de aflição que alguns exemplos são bem-vindos. O Fernando Zanforlin me passou um link interessante contando que o Brian May, o guitarrista do Queen, concluiu seu doutorado com uma tese sobre a luz zodiacal. Ele tinha interrompido, nos 70, para tocar com a banda, mas retornou e concluiu sua tese. E ainda por cima no Observatório do Teide e Izana, em Tenerife, nas ilhas Canárias. A luz zodiacal é o reflexo da luz do sol nas partículas de pó no sistema solar. Que coisa boa ficar observando isso, não?

Favela sim
Alguém tinha de falar. Mas que o Palácio do Planalto, que não me parece ter sido projetado para seres humanos, virou uma favela, virou sim. Tanto puxadinho não ia dar boa coisa.

Para desacelerar
Nada como Long Road, com Pearl Jam e Nusrat Fateh Ali Khan, no concerto Dead Man Walking realizado em 1998. É um pouco longo e uma combinação estranha, mas funciona bem. Bom final de semana.

dezembro 07, 2008

Momento de decisão

Um frio na barriga é inevitável. Afinal, ele precisa ter certeza de que tudo que é possível ser controlado está, realmente, controlado. E saltar acreditando que saberá lidar com o inesperado. Mas ele também está ansioso porque não tem dúvida do prazer que o espera e que cada minuto no ar será precioso. Tem consciência que não há vento a perder. A mim só resta observar, torcer, vibrar e esperar a vez de me jogar.

Precious
O meu vôo hoje é de volta para casa. E com o som da gracinha da Esperanza Spalding, que deu um belíssimo show no TIM Festival. Bom domingo e curtam.

dezembro 02, 2008


Fico no Rio esta semana toda. Adoro. Mas não posso deixar de comentar uma coisa que sempre me intriga nessa cidade. As pessoas que moram aqui (não apenas os cariocas, ok?) adquirem uma convicção sobre tudo e todos que eu acho meio assustadora. Deve ser a proximidade com o Cristo, sei lá. Mas tudo sabem e sobre tudo têm uma opinião. Radical e absoluta. Eu tenho uma relação ambígua quanto a isso. Tem um lado meu que gosta de ver essa certeza mesmo porque odeio as pessoas que mudam de opinião e comportamento por questões de conveniências. Ao mesmo tempo fico pensando, será que não pinta nunca uma duvidazinha?