La Boqueria

O El País retomou a campanha contra o fato das instalações do mercado La Boqueria ficarem abertas à noite dando espaço para o povo transar à vontade e para a prostituição. Eles consideram que isso vira uma mancha serísssima na noite de Barcelona e depõe contra o turismo na cidade.
Não vou opinar sobre o uso noturno do lugar, mas só queria dizer que durante o dia é um dos melhores mercados que já fui. E me traz lembranças muito boas.
Na primeira vez que estive em Barcelona, em uma espécie de lua-de-mel, nosso hotel ficava em um andar de um prédio nas Ramblas (isso mesmo, em um andar). E, claro, frequentamos muito a Boqueria para comprar ingredientes maravilhosos para os nossos sanduíches.
No ano passado, na última vez que passei um tempo lá, ele tinha outro sentido. Hospedada na casa de uma amiga que é ótima cozinheira, era o lugar onde o Hugo e eu passávamos no final do dia para fazer compras para o jantar maravilhoso que nos seria preparado à noite.
Bom, se aquele estrutura de ferro com o vitral art noveau virou o portal de um motel não é nosso problema. Contanto que tudo esteja limpo e preparado para a abertura das barracas logo cedo. Saudades !!!!!!

Radiola na Cultura
A Radiola Urbana, finalmente, alcançou o dial da AM. Desde ontem, todas as terças e quintas, o programa "Cultura Livre" (das 14h às 15h na Cultura AM, frequência 1200 Khz) traz um quadro da Radiola, apresentado por Ramiro Zwetsch. Segundo ele, a ideia é sempre "resgatar alguma pérola do balanço brasuca"". A estreia foi com Jackson do Pandeiro, que completaria 90 anos no dia 31. O Cultura Livre rola de segunda a sexta mas o quadro, pelo menos por enquanto, vai ao ar somente às terças e quintas. Sintonizem!

Nego
Assisti segunda um interessante e estranho show. O lançamento do CD Nego, um álbum que se propõe a fazer a releitura de clássicos da música norte-americana, basicamente das décadas 20 a 50,, com versões abrasileiradas para as composições de judeus que nasceram ou se mudaram para os Estados Unidos. (Nego é o nome dado à música Lover e que, nesse projeto, foi gravada por Paula Morelembaum). As versões são de Carlos Rennó e os arranjos do Jaques Morelembaum. E tem tudo, Erasmo Carlos cantando Summertime, tem Ná Ozetti, João Bosco, Carlinhos Brown, Maria Rita (ai), Moreno Veloso (ai, ai), e etc.
O show, no Centro de Cultura Judaica, o patrocinador do CD, teve até momento escravo de seu Jorge declamando no palco sem camisa e com uma calça branca típica de pelourinho. Estranho? Fosse um José Ninguém apresentar essa idéia para o Centro, quais as chances de conseguir?
Ah, mas a barriga tanquinho do seu Jorge valeu.
Já do Blue Men, passei o ingresso. Nem de graça, ô gente chata.

Mais compostura
Adorei o Tutty Vasquez com a nova pichação dos muros: "Taiguara não sumiu, morreu".
Será que foi algum remédio ou foi a água que esse povo anda tomando. E o pior da Vanusa, vamos combinar, foi a explicação. Não bastou o mico de cantar daquele jeito ela ainda se justificou dizendo que não mandaram a letra para ela com antecedência. Que gente ruim, não mandaram a letra do hino nacional para a pobre? Como se fosse só a letra que ela tivesse errado. Ai, divulguem logo o nome do geriatra de todo mundo para eu nem passar perto.

Turista acidental
Faz tempo que não rola por aqui a sessão inútil para os desavisados em terras de tio Sam. Boralá.

Immaturation -- É o processo, nem sempre longo, em que algo ou alguém se torna imaturo.
Afterclap -- Aqueles aplausos que se estendem quando todos os outros já pararam. Em geral, papais e mamães batendo palma para seus filhinhos.
Food Douche -- O mala da comida, aquele que sempre está falando que o melhor restaurante é aquele que você nunca foi e que os melhores ingredientes tem de ser comprados bem longe de sua casa, em um lugar que ele e poucos conhecem.
Manstration -- É, os homens também têm aqueles dias.

You really got me
Acharam que depois de tanta MPB rolaria um violãozinho aqui? Nã, nã...Um Van Halen para a guitarrista Ju.