dezembro 11, 2007

Muito som, suor, cerveja.. e cola

Ei, ei, ei...estou de volta. E quem não esteve no Maracanã para conferir o The Police, ao vivo, já deve ter visto pela TV ou, se o assunto interessa, ter lido nos jornais. Então, tudo que poderia falar sobre o show, já era. Impecável, sem dúvida. Adorei, se bem que impecável não é uma palavra que se aplica ao meu gosto por shows. Gosto dos improvisos, gosto de uma banda sentindo o público e não querendo mais ir embora, gosto da interação. Mas o The Police fez um ótimo show, foram ao máximo que três pessoas que não se dão muito bem podem ir. No limite de suas forças e, em alguns momentos, impulsionados pelas 70 mil pessoas que lá estavam para e por eles. Emocionante e vibrante, sem dúvida. E o Paralamas? que merecida abertura o público teve. Noite maravilhosa e inesquecível, sem dúvida.
Eu fiquei na área das cadeiras laterais mas, ao contrário de shows no Morumbi, ela é perfeita para você assistir, dançar, vibrar, sem sentir que está tão distante. Pulei e dancei como louca. Aliás, aí entra a cola. Meio que movida pelos copos de cerveja, resolvi comprar um binóculo de um vendedor dentro do estádio. Sete reais. Comprei. Ele não serviu para muita coisa, uma moça perto de mim viu a sua recém adquirida ferramenta esfacelar na sua frente antes mesmo de começar o show. O meu até que durou. O problema era o cheiro de cola. Ele tinha acabado de sair da "fábrica" e exalava cola por todos os lados. Não vou dizer que foi isso que me deixou mais doida, mas eu não parei um minuto apesar das poucas horas dormidas depois de uma sexta prolongada na Cobal do Humaitá. Que cheirei cola, ai cheirei. E, sem mais utilidade, o binóculo virou um adereço na minha mão e rodava, rodava...Estava com um amigo norueguês que mais tarde tentou refletir sobre o espírito do brasileiro, dizendo que nós desperdiçamos nosso tempo e dinheiro. Ai, eles nunca vão nos entender. Fazer um binóculo rodar no meio de Roxane, não tem preço.
A chegada ao Maracanã foi tranquilésima, tudo na mais perfeita ordem. Já a saída...resolvemos pegar um táxi, coisa de luxo naquela altura do campeonato. Por fim, convenci um motorista que não fazia sentido ele seguir com apenas um passageiro, para bem perto, se podia levar mais três para a Zona Sul. Acordo feito e tudo transcorreria sem problemas se uma moto não tivesse batido no carro. Bom, nem vale a pena contar tudo que aconteceu depois, mas conseguimos chegar sãos e salvos. Mais aí que você descobre algumas diferenças de mundos. Já na madrugada, quando pegamos um táxi para voltar para casa, perguntei ao motorista porque a oferta era pequena na porta do estádio. "Sei lá, tem muita gente bêbada, melhor não ir". Esse é o espírito do Rio de Janeiro, que continua lindo. Fotos? Até poderia ter se não tivessem ocorridos alguns problemas com o poderoso celular de uma amiga, que tudo gravou e fotografou. Mas, nem vale a pena contar como tudo isso se perdeu.
Resumindo, valeu muito a pena. E sem a urucubaca dos metereologistas, que diziam que o show seria feito debaixo de chuva. Eles só não acertaram que seria chuva de suor. Não havia uma cabeça girando, girando, que não espalhasse gotículas por todos os lados. Para finalizar, quero comentar com a leitoras que não é só o Rio que continua lindo, mas o Sting, hem, que inteiraço. That´s all, qualquer outro detalhe sórdido será completamente omitido aqui.

7 comentários:

Anônimo disse...

Que delícia!

Que bom que você amou! É bom, isso,né? Quando as coisas correspondem (ou ultrapassam) as nossas expectativas!

Li que 28% dos ingressos foram comprados por paulistas...

Beijo!
Luciana

Anônimo disse...

Roqueira doidona, você voltou?

Achei que tinha se acabado no Maraca... Assisti o show na TV, só em sua homenagem, nunca tinha visto nada desse cara...

Qualquer dia volto prá comentar (mas já vou avisando que só consigo escutar, desse cara, uma versão de Insensitive que ele gravou com o Jobim, trocentos anos atrás...)

Anônimo disse...

Minha intuição é certeira!!!! rs

Essa é a Patty que eu havia imaginado no show... exatamente do jeitinho que vc contou...rs Se acabando até o último fio de cabelo... por uma ótima causa!!

bjs

Mara

(Apesar de não ser chegada em homens magrelos.. também acho o Sting tudo de bom!!)

Anônimo disse...

Pô, Patti, estava tão fácil pegar o metrô pra voltar..foi bom, né? a pista estava fervida também. gostei da fábrica de binóculos. Luciana, a paulistada estava lá mesmo.

Sig Mundi disse...

Ola!! Que curtição bacana! Pena que as melhores bandas iternacionais visitem com pouca frequência o Brasil! Aqui em Moscou, como comparação, os bons shows são uma constância... pena que o brasileiro fique com acesso tão restrito a essa forma de entretenimento e cultura. Bjs!!!

Anônimo disse...

e a crítica da folha: os 3 são ótimos musicos, o repertório foi excelente, o som tava perfeito, mas o show foi uma merda. dá pra entender? a critica musical brasileira morreu mesmo- contam-se os poucos bons criticos nos dedos de uma mão (do lula...)

Anônimo disse...

e a crítica da folha: os 3 são ótimos musicos, o repertório foi excelente, o som tava perfeito, mas o show foi uma merda. dá pra entender? a critica musical brasileira morreu mesmo- contam-se os poucos bons criticos nos dedos de uma mão (do lula...)