novembro 28, 2007

MAMIE DANCE

Recebi esse vídeo, é demais. Me identifiquei tanto. Essa sou eu amanhã. Amanhã?

novembro 26, 2007

Old Habits Die Hard

Nada como o sempre bom Mick Jagger, dessa vez em parceria com o Dave Stewart (Eurythmcs) para a trilha sonora do Alfie. Na refilmagem, para quem não sabe, o Alfie é interpretado por Jude Law. Muita coisa junto.

O metrô de Londres não é mais o mesmo

Para quem andou de metrô em Londres é inesquecível a voz daquela mulher que nos alerta para o 'mind the gap". Da primeira vez que ouvi, há muitos anos, fiquei em dúvida sobre o que ela estaria repetindo. Mind the gap, mind the gap. Depois, fiquei tão amiga daquela frase e daquela voz que já esperava por ela. Bom, ela se foi.
Emma Clarke, a locutora oficial do sistema de metrô de Londres há anos, foi demitida. E tudo por ter gravado anúncios de brincadeira, usando o mesmo tom de voz para dizer coisas como "gostaríamos de lembrar nossos amigos turistas norte-americanos que vocês certamente estão falando alto demais". Entre outras coisas, também brinca com um fictício passageiro que estaria fingindo ler jornal quando na verdade estava olhando os seios de outra passageira. Tudo plausível.
Mas o que pegou mesmo a direção do metrô foi quando nessas brincadeiras ela fez críticas ao próprio metrô. Também continou na linha das brincadeiras/verdade, mas foi o suficiente para ganhar o cartão vermelho.
Para nós, brasileiros, é como não escutar mais nos aeroportos a voz da Íris Lettieri, apresentadora global dos anos 70 e 80. "Atenção passageiros com destino a Ba..ra..sí..lia, portão 9". Ela foi pioneira nisso de emprestar a voz para esse tipo de locução e reina nos aeroportos de Congonhas, Cumbica, Galeão e Santos Dumont.
Enfim, olha só como criamos identificações para nos sentirmos mais em casa nesse mundo.

Sempre vale a máxima de que uma foto fala por mil palavras, não? Essa é da Reuters e foi tirada de um protesto de rua em Kuala Lumpur. That´s all.

Losing My Religion

Um pouco de R.E.M para começar a semana. Try, cry, why? That´s just a dream.

novembro 22, 2007

O dia que apresentaram o roto ao esfarrapado

Antes de escrever esse post, é bom deixar claro que eu gosto muito do U2 e sou apaixonada pelo Larry Mullen Jr. Bom, dito isso, vou começar de novo. O post.
Eu ainda estou chocada com as denúncias de que crianças indianas com menos de 10 anos de idade estavam trabalhando para fazer as roupas da GAP. Eu não acompanhei mais esses dias, mas a última coisa que eu vi foi o comunicado da GAP, se defendendo com o argumento de que ela não era responsável pela terceirização, ou algo assim. Bom, até um recém chegado ET sabe que quando você olha seus custos e percebe ganhos extraordinários com mão de obra local dá para imaginar que o bicho está pegando em algum lugar. Eu não sei o efeito disso sobre a imagem dela, não sei, por exemplo, os números de vendas de tênis Nike depois que se descobriu quem os produzia na Tailândia, ou perto.
Mas além dos indianinhos eu penso também no Bono. Ele fechou um acordo com algumas empresas, Apple, Motorola, se não me engano, e outras, para que cada uma tivesse uma linha específica de produtos com a marca RED. Um percentual x da venda desses produtos RED vai para a campanha que o Bono leva para os quatro cantos contra a pobreza na África.
Como a África está na moda, foi feito um puto marketing em cima disso, o Bono foi para rádio, TV, falou sem parar. E uma das parceiras desse projeto era justamente a GAP que, agora, está no banco dos réus por explorar crianças indianas.
O Bono é o que menos tem culpa nisso, mas podia ter passado sem essa, não? Eu acho que tem um mérito manter a África no foco, que bom que ela entrou na moda. E se celebridades precisaram se engajar para ajudar isso, parabéns para as que levaram a sério. Mas é bom que a gente não se esqueça que a pobreza também não escapa da globalização.
E, por favor, não vamos falar mal do Bono por isso, eu acho que ele pode até estar ficando meio chato, messiânico, mas podia estar no Hawaii curtindo férias e não pulando de canto em canto para defender alguma coisa. E nem que é marketing, por favor, tragam meus sais, porque eles não precisam disso. (Leram lá em cima a observação?)

novembro 21, 2007

Wild side

Nada como o Lou Reed para dizer que estamos de volta

novembro 13, 2007

Porquenotecallas.com

Enquanto investidores espanhóis com negócios na América Latina ainda estavam apreensivos sobre o que podia representar o incidente diplomático entre o rei Juan Carlos I e o presidente venezuelano Hugo Chavez, durante conferência ibero-americana no Chile, a web foi mais rápida. A frase dita pelo rei ao presidente venezuelano no momento que ele espinafrava o ex-presidente da Espanha, José Maria Aznar, já ganhou um domínio, porquenotecallas.com. O site cogiendocaracoles.com abriu concurso para a melhor piada sobre o episódio, valendo vários prêmios entre os quais um DVD "El Crimen de Cuenca", de Pilar Miró. Já o site da Red está oferecendo a frase como ringtone para os telefones móveis. O assunto virou um febre também nos blogs espanhóis. Enfim, parece que tudo acaba em uma boa paella e jamon.

Imagine - John Lennon

Essa é para uma pessoa muito querida de quem tenho saudades. Aprecie a sua música, esteja onde estiver,coração.

novembro 10, 2007

Diamonds on the inside

Um pouco de Ben Harper nesse sábadão

A insegurança está no ar

Não sou aquela pessoa que tem horror a voar sob o argumento de que nós, humanos, não fomos feitos para isso. Eu não sou peixe, e adoro nadar e mergulhar. Sempre associei entrar em um avião a novos lugares, novas experiências, portanto considero uma das melhores invenções do homem. Só que de tanto cair avião nessa cidade a situação começa a mudar. Voltava quinta-feira do Rio de Janeiro, num vôo da Varig que, pasmem, saiu no horário. Estava tudo muito bom, tudo muito bem, até que ao chegar a São Paulo a aeronave não recebia ordem para aterrisar. Ficamos sobrevoando a cidade por um bom tempo e a única informação do piloto era de que o problema estava no tráfego aéreo. Não era bem verdade, caía uma chuva super poderosa sobre a cidade o que deve ter levado Congonhas a suspender as aterrisagens por um tempo. Ao descer, o avião entrou por uma rota diferente, passando pelos prédios da Conceição e vc podia ver as ruas alagadas lá. Fiquei apavorada, claro. Primeiro porque você, de cara, se imagina nas mãos de manés por todos os lados. "Será que o piloto está controlando o nível da gasolina?" "Será que estamos chegando pelo lado certo?" "Será que a comunicação com a base está correta" "Será que a pista está segura?" Se alguém me contasse esses pensamentos em uma aterrisagem, tempos atrás, eu diria que se tratava de uma pessoa paranóica. Mas, agora, acho normal, o que já é uma anormalidade e tanto. Não sabemos mais em quem confiar, e isso é o fim, não?

novembro 05, 2007

Parting Ways

Para uma segunda melancólica uma finalização para cortar os pulsos.

Fargo, uma comédia de erros. De novo.

Em inglês, o filme de Joen Coen, se chama apenas Fargo. Mas aqui o filme se chamou Fargo, uma comédia de erros. Mas pelo que aconteceu no final de semana na cidade, que fica em Dakota do Norte, o nome não podia ser mais apropriado. Como um delegado de polícia emite convites para uma super festa pré-show de Ozzy Osbourne que aconteceria no ginásio local a fim de capturar 500 bandidos procurados? E com o argumento imbatível de que o roqueiro/ator de reality show/roqueiro seria um dos convidados? Pelo menos 30 deles caíram na armadilha. Ou seja, eram procurados mas não podiam perder a boca livre? E Ozzy ficou puto da vida com o uso indevido de seu nome. E ainda chamou o delegado de preguiçoso. Uma vez me contaram de uma armadilha preparada por uma operadora de cabo norte-americana para pegar os piratas. Ela começou a migrar o sinal de sua base de assinantes para outro tipo de criptografia, sei lá o que exatamente, mas não fez alarde com isso. No final, com a base já no novo sistema, manteve o antigo sinal e colocou uma propaganda dizendo que os que ligassem ganhariam x prêmios. Foi como abelha em volta do copo de suco. Todos que ligaram deram seus endereços para receberem os prêmios mas o que ganharam foram os processos por piratarias e ainda perderam a TV a cabo. Afinal, só restavam os piratas. Fácil, não? A criatividade, ou a preguiça, ganha escala do outro lado também.

Mi casa, su casa

Fiz praticamente duas viagens para Buenos Aires em uma semana. Na verdade, na primeira etapa fui para Puerto Madero e lá fiquei. No Faena, um luxo de hotel mesmo. Me deram a suíte das panelas, ou seja, o meu quarto tinha forno, fogão, panelas lindíssimas e freezer. A explicação era de que o apartamento era para longas temporadas, o que não era o meu caso. Depois de curtir um cinco estrelas caríssimo, me mudei para outra casa. Uma casa mesmo, um bed & breakfast, a Posada Palermo. A foto é da casa da Vivian, uma arquiteta super simpática e carinhosa. O café é servido na sala dela, uma graça de lugar, bem transado, bem decorado e aconchegante. O café é bem servido, até com direito a huevos revueltos -- só coloquei essa observação porque adoro isso, revueltos, não é demais? O Alejandro, que trabalha lá, é uma história à parte, uma pessoa maravilhosa, carinhoso, sacado, com boas dicas, sempre disposto a te ajudar no que precisar. Sabe aquela pessoa que vc tem certeza que seria seu amigo sempre? É ele. Passei meu aniversário lá e, para minha surpresa, eles trouxeram um bolo no café da manhã, com direito a parabéns e tudo. Não tem preço, é demais. No domingo, o plantão é do Mariano, um rapaz que é um sonhador e pensa em fazer faculdade de Economia para ajudar o país. O B&B fica no coração do Palermo, onde passei a segunda etapa da minha viagem. Os Palermos, seja Soho ou Hollywood, continuam lindos e interessantes. Voltei ao Olsen, um restaurante escandinavo com drinques maravilhosos feitos com vodca e caviar no cardápio. É só evitar a hostess que exerce, com todo vigor, os podres poderes. O Bar Uriarte é muito bom e o cervo, sim, é uma delícia. Ganhei uma torta de chocolate com o segundo parabéns, encomendando pelos queridíssimos Jô e Luiz. Os argentinos estão lindos como sempre. Já as argentinas, continuam bronzeadéssimas e anoréxicas. E os taxistas são os ranzinzas de sempre, também pelo preço dos táxis, até eu. Os Malbecs, Shyras e Cabernet são bons de serem apreciados. Os preços em Buenos Aires permanecem convidativos, mas o maior erro é pensar "no Brasil isso seria muito mais caro" e sair comprando tudo. Sem dúvida, aqui tudo está mais caro. Mas lembre-se que barato, ou não, a velha aritmética, ou seja a soma, também vale na Argentina. E é aí que vc cai em desgraça. Cheguei a ter depressão com o movimento de abrir a bolsa, pegar a carteira e tirar o cartão de crédito. Tanto que comecei a pagar em efetivo, dinheiro vivo, só para não assinar mais nada. Mas essa festa não vai durar muito, eles são argentinos e, como tais, guerreiros e se recuperam rapidamente. A vingança virá logo e eles ainda voltam aqui para comprar nossas tiendas inteiras. Se bem que a maioria irá para as lojas de Florianópolis. Mas a cidade continua linda. E o país, agora, tem uma presidenta e argentino gosta de uma mulher no poder, vamos combinar, não? Pelo menos as idolatram depois que elas se vão e até escrevem livros e fazem filmes sobre as poderosas. Mas é um lugar que sempre é bom voltar.