novembro 10, 2007

A insegurança está no ar

Não sou aquela pessoa que tem horror a voar sob o argumento de que nós, humanos, não fomos feitos para isso. Eu não sou peixe, e adoro nadar e mergulhar. Sempre associei entrar em um avião a novos lugares, novas experiências, portanto considero uma das melhores invenções do homem. Só que de tanto cair avião nessa cidade a situação começa a mudar. Voltava quinta-feira do Rio de Janeiro, num vôo da Varig que, pasmem, saiu no horário. Estava tudo muito bom, tudo muito bem, até que ao chegar a São Paulo a aeronave não recebia ordem para aterrisar. Ficamos sobrevoando a cidade por um bom tempo e a única informação do piloto era de que o problema estava no tráfego aéreo. Não era bem verdade, caía uma chuva super poderosa sobre a cidade o que deve ter levado Congonhas a suspender as aterrisagens por um tempo. Ao descer, o avião entrou por uma rota diferente, passando pelos prédios da Conceição e vc podia ver as ruas alagadas lá. Fiquei apavorada, claro. Primeiro porque você, de cara, se imagina nas mãos de manés por todos os lados. "Será que o piloto está controlando o nível da gasolina?" "Será que estamos chegando pelo lado certo?" "Será que a comunicação com a base está correta" "Será que a pista está segura?" Se alguém me contasse esses pensamentos em uma aterrisagem, tempos atrás, eu diria que se tratava de uma pessoa paranóica. Mas, agora, acho normal, o que já é uma anormalidade e tanto. Não sabemos mais em quem confiar, e isso é o fim, não?

Um comentário:

Anônimo disse...

Disse bem. É muito mané nos aires.