Não achei a versão ao vivo. Mas não faz mal, é só para escutar mesmo. A gracinha da Norah Jones, misturando a magia de Oz e o maravilhoso mundo. É lindo. Curtam e ótimo 2008.
dezembro 30, 2007
Vamboralá, 2008 já está na porta
Para celebrar com música, do meu jeito, fiz um slide show caseiríssimo, que não está perfeito, não está muito sincronizado com imagem e vídeo, mas acho que funciona. O site é novo, o acervo musical ainda é pequeno, mas vamboralá. Quem quiser ver, clique aqui. Espero que gostem.
Para todos os amigos, novos e antigos, para as pessoas que quero bem e fazem parte da minha vida, já sabem, espero que o novo ano seja novo em todas as coisas boas que pode trazer para vocês. Muitas felicidades.
E para encerrar o blog de 2007, e me despedir deste ano, vou de Fernando Pessoa, que, apesar de campeão de citações, sempre vale a pena. Beijos mil.
"Eu amo tudo o que foi
Tudo o que já não é
A dor que já não me dói
A antiga e errônea fé
O ontem que a dor deixou
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje é já outro dia."
dezembro 27, 2007
Clocks
Ressaca de Natal e ainda estou com muita saudade da minha infância. Nada melhor do que um desenhozinho japonês para isso. Como não achei nada legal com National Kid, vai o InuYasha, uma série de mangás. O InuYasha é um ser metade humano e metade youkai, que vive buscando uma jóia mágica para se transformar em algo inteiro. Essa montagem foi feita por alguém que gosta muito de mangás e que colocou essa música do Coldplay que eu adoro, Clocks. Para quem nem quer ver a animação, curta a música que já vale a pena. Bjs.
dezembro 22, 2007
Feliz Natal !!!!!
Agora que já tem música para todos os gostos, não posso deixar de colocar o jingle que ficou grudado com Natal na minha memória. A empresa já quebrou, já voltou, e eu sempre lembro dessa musiquinha. Bjs e feliz Natal para todos.
Jingle Bells, versão jazz
Essa é na voz deliciosa da Diana Krall, acompanhada da Clayton-Hamilton Jazz Orchestra.
Santa God / Jingle Bells, versão rock
Essas são as duas músicas que o PJ deu de presente agora no final do ano. O vídeo é uma babação em cima do Ed, não tinha outro. Mas vale a pena ouvir e o Jingle Bells na guitarra do Mike Mcready está delicioso.
dezembro 20, 2007
Revolta
luisa mandou um beijo { anselmo }
Caros amigos,há duas semanas fui surpreendido ao encontrar mais um clipe de música da "Luisa mandou um beijo" feito por fãs. Dessa vez se trata de um vídeo para "Anselmo", produzido por Gueko Hiller e Sayd Mansur. É todo feito com colagens de filmes do cinema novo. Tá muito bacana! Esse foi o sexto clipe feito por fãs da Luisa. Nossas músicas estão licenciadas pelo Creative Commons para fins não comerciais. Ou seja: qualquer um pode fazer um clipe e não precisa pedir autorização diretamente pra gente. Basta dar o devido crédito à banda. Mas, se quiser, mostre pra gente, pois se nós gostarmos iremos divulgar o clipe por aí!
Abraços e feliz ano novo!
Fernando Paiva
-- guitarrista da "Luisa mandou um beijo"
dezembro 19, 2007
Ovelha Negra
Esse foi o melhor que eu achei para essa música. Mas eu gosto de lembrar do tempo que eu achava que só eu era ovelha negra...
dezembro 18, 2007
O que fizemos de errado agora?
dezembro 17, 2007
Neil Young - Heart of Gold
Isso me lembra porque a música faz parte da minha vida. Alguém disse isso...
Para não dizer que não falei Feliz Natal...
A multiplicação dos santas
dezembro 16, 2007
Eles, The Beatles...
Para começar a última semana de trabalho do ano, uma semana de Twist and Shout.
dezembro 14, 2007
Feliz aniversário
Luna
bruma
branca
brinca
nas
nuvens
Manha
manhê
mansa
mistura
da gente
Marinho de Andrade
dezembro 12, 2007
Cem anos é uma bobagem?
Quanta força estranha!
dezembro 11, 2007
Muito som, suor, cerveja.. e cola
Eu fiquei na área das cadeiras laterais mas, ao contrário de shows no Morumbi, ela é perfeita para você assistir, dançar, vibrar, sem sentir que está tão distante. Pulei e dancei como louca. Aliás, aí entra a cola. Meio que movida pelos copos de cerveja, resolvi comprar um binóculo de um vendedor dentro do estádio. Sete reais. Comprei. Ele não serviu para muita coisa, uma moça perto de mim viu a sua recém adquirida ferramenta esfacelar na sua frente antes mesmo de começar o show. O meu até que durou. O problema era o cheiro de cola. Ele tinha acabado de sair da "fábrica" e exalava cola por todos os lados. Não vou dizer que foi isso que me deixou mais doida, mas eu não parei um minuto apesar das poucas horas dormidas depois de uma sexta prolongada na Cobal do Humaitá. Que cheirei cola, ai cheirei. E, sem mais utilidade, o binóculo virou um adereço na minha mão e rodava, rodava...Estava com um amigo norueguês que mais tarde tentou refletir sobre o espírito do brasileiro, dizendo que nós desperdiçamos nosso tempo e dinheiro. Ai, eles nunca vão nos entender. Fazer um binóculo rodar no meio de Roxane, não tem preço.
A chegada ao Maracanã foi tranquilésima, tudo na mais perfeita ordem. Já a saída...resolvemos pegar um táxi, coisa de luxo naquela altura do campeonato. Por fim, convenci um motorista que não fazia sentido ele seguir com apenas um passageiro, para bem perto, se podia levar mais três para a Zona Sul. Acordo feito e tudo transcorreria sem problemas se uma moto não tivesse batido no carro. Bom, nem vale a pena contar tudo que aconteceu depois, mas conseguimos chegar sãos e salvos. Mais aí que você descobre algumas diferenças de mundos. Já na madrugada, quando pegamos um táxi para voltar para casa, perguntei ao motorista porque a oferta era pequena na porta do estádio. "Sei lá, tem muita gente bêbada, melhor não ir". Esse é o espírito do Rio de Janeiro, que continua lindo. Fotos? Até poderia ter se não tivessem ocorridos alguns problemas com o poderoso celular de uma amiga, que tudo gravou e fotografou. Mas, nem vale a pena contar como tudo isso se perdeu.
Resumindo, valeu muito a pena. E sem a urucubaca dos metereologistas, que diziam que o show seria feito debaixo de chuva. Eles só não acertaram que seria chuva de suor. Não havia uma cabeça girando, girando, que não espalhasse gotículas por todos os lados. Para finalizar, quero comentar com a leitoras que não é só o Rio que continua lindo, mas o Sting, hem, que inteiraço. That´s all, qualquer outro detalhe sórdido será completamente omitido aqui.
dezembro 07, 2007
dezembro 06, 2007
Catarse que te quero catarse
Eu admiro essa coragem e ao mesmo tempo tenho medo. E não sei dizer o motivo, talvez de imaginar a que nível as revelações podem chegar. A literatura está recheada de bons e maus livros autobiográficos e o cinema idem. Parabéns para aqueles que conseguem ainda tornar palatável para o leitor experiências trágicas de suas vidas ou o lado mais profundo de suas almas. Eu gostaria de ter esse talento e coragem.
Agora entro em um outro ponto que tem a ver com a foto que postei aqui que diz respeito a quando essa catarse é feita por meio da música. Ela parece que atinge mais direto. Fico pensando naquelas milhares de canções de amores desfeitos que nós escutamos, cantamos juntos e, sem querer, participamos de uma história de amor que não é nossa. Nós nos apoderamos e a transferimos para nossas vidas. Mas ela foi criada por alguém, dirigida para algúem, e toda vez que essa pessoa canta essa música sabe exatamente de quem está falando. Para o bem ou para o mal.
Acho que a própria essência da música é catártica. E os exemplos são inúmeros. Mas lembro de alguns que me tocaram -- devo estar esquecendo outros importantes -- como Tears in Heaven, do Eric Clapton, sobre a dor da perda de um filho. Linda e melancólica. Tem dois exemplos, do mesmo artista, que eu sempre me lembro quando se fala de processo catártico público. Alive é a música composta por Eddie Vedder que conta como ele soube, aos 13 anos de idade, que não era filho de quem ele pensava ser mas sim de outro que havia morrido pouco antes. Não se trata de uma situação inédita, mas foram poucos os que conseguiram fazer com que milhares de pessoas no mundo inteiro sofressem e cantassem isso com eles. Eddie foi um deles. Cada vez que vejo um estádio lotado cantando o refrão"I´m still alive" me arrepio. Pessoalmente vi uma vez só, mas em vídeo outras tantas.
A outra música, também dele, é Betterman, que foi composta para o então padrasto que ele odiava. A composição se refere ao sofrimento de uma mulher, no caso sua mãe, que sempre espera pelo seu homem até tarde da noite. Ele concluí que ela só estava lá porque não conseguia achar um homem melhor. Esse "homem melhor" ecoou pelos quatro cantos do mundo. A situação é trivial, milhões de mulheres passaram pelo mesmo, mas ele transformou isso em uma música belíssima que já virou um karaokê, são poucos os que não cantam juntos quando ela é tocada. E que esse padrasto que passe longe se não quiser escutar o barulho. E foi muito emocionante assistir no Morumbi o Bono cantando Sometimes You Can´t Make it On Your Own, sobre a dor da perda de seu teimoso pai. Uma coisa bem irlandesa, mas muito linda.
Eu não queria que esse fosse um post triste ou dolorido. Eu só queria falar que o caminho para purificar sua alma por meio de descarga emocional nem sempre é o mais fácil, mas pode ser muito bonito se houver coragem de atravessá-lo.
dezembro 05, 2007
O imposto sobre a beleza
dezembro 03, 2007
Quando começa o resto de nossas vidas?
dezembro 02, 2007
dezembro 01, 2007
Homens falando...
O site tem de tudo, dicas de moda, top ten lists sobre um monte de coisas e até o recém resultado da eleição dos 49 homens de 2007, onde o número um foi o David Beckham. Sem o meu voto, não o colocaria entre os primeiros never. Tem até um artigo sobre os mitos e verdades do efeito da marijuana e ainda o verdadeiro e o falso, sobre silicone. E os autores do site garantem que ele recebe cinco milhões de visitantes por mês. Não sei se é a melhor forma de tentar entender a cabeça dos homens, mas pelo menos é curioso.
A luz do Natal e o trânsito
Bom, uma reclamação básica de um sábado intransitável. E sábado, vamos e venhamos, já é um dia de muito amador nas ruas, nos bares, nos restaurantes. No final do ano só piora. A foto é da árvore da Lagoa, no Rio. Está linda, mas não deve estar também muito fácil andar por lá. Acho que vou evitar esse trecho no próximo fim de semana quando estarei lá para o show do The Police.
novembro 28, 2007
novembro 26, 2007
Old Habits Die Hard
Nada como o sempre bom Mick Jagger, dessa vez em parceria com o Dave Stewart (Eurythmcs) para a trilha sonora do Alfie. Na refilmagem, para quem não sabe, o Alfie é interpretado por Jude Law. Muita coisa junto.
O metrô de Londres não é mais o mesmo
Emma Clarke, a locutora oficial do sistema de metrô de Londres há anos, foi demitida. E tudo por ter gravado anúncios de brincadeira, usando o mesmo tom de voz para dizer coisas como "gostaríamos de lembrar nossos amigos turistas norte-americanos que vocês certamente estão falando alto demais". Entre outras coisas, também brinca com um fictício passageiro que estaria fingindo ler jornal quando na verdade estava olhando os seios de outra passageira. Tudo plausível.
Mas o que pegou mesmo a direção do metrô foi quando nessas brincadeiras ela fez críticas ao próprio metrô. Também continou na linha das brincadeiras/verdade, mas foi o suficiente para ganhar o cartão vermelho.
Para nós, brasileiros, é como não escutar mais nos aeroportos a voz da Íris Lettieri, apresentadora global dos anos 70 e 80. "Atenção passageiros com destino a Ba..ra..sí..lia, portão 9". Ela foi pioneira nisso de emprestar a voz para esse tipo de locução e reina nos aeroportos de Congonhas, Cumbica, Galeão e Santos Dumont.
Enfim, olha só como criamos identificações para nos sentirmos mais em casa nesse mundo.
novembro 22, 2007
O dia que apresentaram o roto ao esfarrapado
Eu ainda estou chocada com as denúncias de que crianças indianas com menos de 10 anos de idade estavam trabalhando para fazer as roupas da GAP. Eu não acompanhei mais esses dias, mas a última coisa que eu vi foi o comunicado da GAP, se defendendo com o argumento de que ela não era responsável pela terceirização, ou algo assim. Bom, até um recém chegado ET sabe que quando você olha seus custos e percebe ganhos extraordinários com mão de obra local dá para imaginar que o bicho está pegando em algum lugar. Eu não sei o efeito disso sobre a imagem dela, não sei, por exemplo, os números de vendas de tênis Nike depois que se descobriu quem os produzia na Tailândia, ou perto.
Mas além dos indianinhos eu penso também no Bono. Ele fechou um acordo com algumas empresas, Apple, Motorola, se não me engano, e outras, para que cada uma tivesse uma linha específica de produtos com a marca RED. Um percentual x da venda desses produtos RED vai para a campanha que o Bono leva para os quatro cantos contra a pobreza na África.
Como a África está na moda, foi feito um puto marketing em cima disso, o Bono foi para rádio, TV, falou sem parar. E uma das parceiras desse projeto era justamente a GAP que, agora, está no banco dos réus por explorar crianças indianas.
O Bono é o que menos tem culpa nisso, mas podia ter passado sem essa, não? Eu acho que tem um mérito manter a África no foco, que bom que ela entrou na moda. E se celebridades precisaram se engajar para ajudar isso, parabéns para as que levaram a sério. Mas é bom que a gente não se esqueça que a pobreza também não escapa da globalização.
E, por favor, não vamos falar mal do Bono por isso, eu acho que ele pode até estar ficando meio chato, messiânico, mas podia estar no Hawaii curtindo férias e não pulando de canto em canto para defender alguma coisa. E nem que é marketing, por favor, tragam meus sais, porque eles não precisam disso. (Leram lá em cima a observação?)
novembro 21, 2007
novembro 13, 2007
Porquenotecallas.com
Imagine - John Lennon
Essa é para uma pessoa muito querida de quem tenho saudades. Aprecie a sua música, esteja onde estiver,coração.
novembro 12, 2007
novembro 10, 2007
A insegurança está no ar
novembro 05, 2007
Fargo, uma comédia de erros. De novo.
Mi casa, su casa
outubro 30, 2007
outubro 27, 2007
Mandalá
Do The Killers para Buenos Aires
Vem aí, Na Cama com Mainardi e Tiburi...
Ambos passaram por grandes crises depois que perderam projeção e os espaços que possuíam no canal concorrente. Mainardi, que já era considerado o primeiro homem a exibir todos os sintomas da TPM, teve uma depressão de vários meses que se iniciou logo após o ex-presidente Lula transmitir o cargo para o sucessor. Já era esperado que, sem Lula, ele perderia o seu melhor emprego, o de "bater" no presidente a todo custo, com ou sem razão. Mas o que se descobriu foi que o dano tinha sido bem maior, ele não tinha mais prazer pela vida, não tinha mais assunto. Ele foi encontrado várias vezes em bares do Rio de Janeiro balbuciando palavras sem sentido. Chegaram a dizer que ele também perdeu o bom senso mas mesmo os mais próximos consideram que isso vem de longa data. Os amigos tentaram de tudo para que ele se recuperasse mais rapidamente. Segundo alguns sites de fofocas, chegaram até a propor um encontro do jornalista com o ex-presidente. Seria uma espécie de catarse que poderia ajudá-lo a superar essa fase e a obsessão que o assunto havia se tornado para ele. No entanto, parece que assim que fizeram a proposta a Lula ele teve um ataque de risos sem precedentes e nem teve condições de responder.
Márcia, por sua vez, ainda tenta esquecer a sua demissão por justa causa do Saia Justa depois do surto que ela teve durante a gravação de um programa, quando começou a repetir freneticamente citações de filósofos, misturar conceitos e gritar com as companheiras, dizendo que ela era mega culta e todas não passavam de "idiotas superficiais". Mesmo a jornalista Mônica Waldvogel, a mais poupada nas críticas da filósofa, não tolerou o compartamento da ex-companheira de quadro. Maitê Proença procurou ficar "zen" mesmo quando Márcia tentou lhe arrancar os brincos gritando que ela não tinha o direito de "ser tão bonita e ainda fingir que pensava". O programa não foi ao ar mas os ataques de Tiburi figuraram por meses na lista dos vídeos mais assistidos no You Tube.
O primeiro "Na cama.." será dirigido por Jô Soares, fã da dupla e autor da idéia de reuní-los para o talk show. Essa é uma das estréias mais esperadas e na bolsa de apostas está ganhando a possibilidade de os dois se desentenderem antes mesmo do fim da primeira temporada. Caso eles continuem, esperemos que o "na cama" não tenha um sentido tão literal com o que eles podem tentar fazer com nossa cabeça. De novo.
PS 1: o casal se recusou a posar na cama para as fotos de divulgação.
PS 2 : a foto que estou postando aqui não tem nada a ver com a divulgação. Eu a escolhi apenas pelo fato de que rebatizaria o programa para "Na Esteira com Mainardi e Tiburi".
outubro 25, 2007
outubro 24, 2007
Vamos de metrô?
outubro 20, 2007
Isso sim é uma iguana
Exposição da Mercedes Montero
Cuecas ao vento
outubro 19, 2007
Quando a França chegou na minha vida
As pessoas estão pirando mesmo
outubro 18, 2007
Pão, pão, pão...
outubro 17, 2007
Uma nova conexão com o além
outubro 15, 2007
Que coisa feia, Steve.
Em dia de Blog Action Day, que tal discutirmos os produtos químicos utilizados no Iphone e que causam danos à saúde? Não faz isso, Steve, seja green de vez.
Ninguém merece o caldeirão na segunda época
No geral, talvez o que tivesse irritado a tantos é imaginar que a pessoa só veio a público falar -- e mal -- de uma panela de pressão que todo cidadão convive há um bom tempo no momento que lhe tiraram um presente da esposa, que poderia ter se tornado precocemente viúva. A questão não deveria ter ficado em volta do Rolex, o melhor seria que ele mesmo não tivesse alardeado o que lhe foi roubado. Eu entendo, por experiência própria, qual é a angústia que se passa quando alguém tem uma arma apontada para sua cabeça. Mas duvido que a violência seja uma novidade para o apresentador. Não se trata de um holandês que acabou de desembarcar no Galeão ou em Cumbica, ele deve ler jornal e assistir noticiários, deve ter atravessado alguma rua enquanto na outra estava em andamento a passeata pela paz, em nome do garoto João Hélio, possivelmente escutou algum relato de roubos e balas perdidas quando visitou o seu próprio Instituto Criar, ou seja, teve tempo suficiente para refletir e pensar em algo mais articulado -- inteligente que deve ser -- para "debater" a questão. Mas, não, a soma não fechou e ficamos sem um resultado que fizesse sentido.
E ainda ficamos de segunda época, como se nós, brasileiros, tívessemos lavado a alma por um mauricinho ter sido assaltado, por mais um Rolex ter sido roubado, e por ter sido feita uma "justiça social". Como se nós, cidadãos comuns, defendessemos a prisão dos que nos assaltam e houvesse uma identificação, positiva, com aqueles que tiram dos ricos. Se isso ocorreu, na extensão que é dita na matéria, eu não visto essa carapuça, não torci nem jamais torceria por qualquer tipo de violência, e não posso entender que tudo se resuma a esse raciocínio pobre e generalista.
A matéria se refere ao fato de que o artigo de Huck o tornou um porta-voz involuntário da classe mais privilegiada, o que virou um castigo diante da intolerância com que o assunto passou a ser tratado. Pode ser, mas o que me irrita é que trata de leve o fato de que no meio dessa reação houve senso crítico suficiente para identificar o falseado e o limitado do seu discurso. De todas as páginas da revista gastas de forma distorcida e maniqueísta o que sobrou está no pé do artigo da Ruth de Aquino que, mesmo morno, finaliza dando um recado para o moço que se um jornalista ou antropólogo escrevesse um texto tão pueril, superficial e auto-referente como o dele, sobre um assunto tão complexo, levaria pau do mesmo jeito. Triste consolo. E para os leitores de Época? Nada.O melhor é rememorar uma das boas críticas ao episódio no Todo Prosa.
Talvez a situação de Huck tivesse melhorado se ele tivesse estendido o assunto a outros problemas. A corrupção poderia ter sido um bom tópico. Ou mesmo a maracutaia que predomina por aí. Ele poderia ter mostrado seu horror a essas práticas no país, um bom artigo que, quem sabe, teria sido mais elaborado se escrito na tranqüilidade da pousada Maravilha, construída sobre o prédio ocupacional do Ibama, em Fernando de Noronha. Um arquipélago preservado onde os moradores levam muito tempo, anos até, para conseguir autorização para construir uma casa e muito mais tempo ainda quando se trata de estabelecimentos comerciais. Com certeza, como proprietário da pousada, ele teria direito a um luxuoso chalé para "pensar melhor" sobre o peso de suas palavras. E o caldeirão continua fervendo.
outubro 11, 2007
Bom feriado
outubro 10, 2007
Ai que medo do OHL
outubro 09, 2007
Que não caia na nossa cabeça
Itchiiuríuuu...
e essa alegria insana
esse reflexo azul
tão azul no espelho
de um retrovisor ampliado
escutei sua voz
me chamando
uma, duas
mas eu atravessei
como se estivesse ipodada
e nada mais ouvisse
a não ser a minha própria sintonia
não adianta mais procurar
o azul daquele olhar atravessado
no meio daquela ponte
sem trilha sonora.
(W)
outubro 08, 2007
Os anjos estão perto..
Vou repetir o vídeo que meu amigo Redneck postou. É do Sigur Rós, que ele adora. Mas é mesmo emocionante.
Vamboralá !!
outubro 07, 2007
De alma limpa !!!
Isto não é para você - XXII
O calor e o longo caminho que precisava percorrer de salto alto do seu apartamento funcional até a sala que estava ocupando provisoriamente no escritório do centro de convenções do hotel cansavam Olívia antes mesmo de ela começar a trabalhar. Ela mal tivera tempo de se adaptar e já tinha sido deslocada para o atendimento a um encontro mundial de uma grande empresa da área de telecomunicações. Um dos responsáveis pela logística do centro de convenções tinha quebrado a perna no dia que ela chegou a Dubai e Nawaz, o diretor, decidiu reforçar a equipe para evitar problemas. A gerente de comunicação da companhia européia já estava histérica mesmo faltando dois dias para a reunião começar e criava muito mais demandas do que o necessário.
Apesar do stress, ela sabia que era melhor não ter tempo para pensar em muitas coisas. A frase de Marcelo ecoou na sua cabeça praticamente durante todo o vôo de Londres para Dubai. "Acabou. Não podemos mais". Seu mecanismo de defesa veio à tona e, apesar de chorar por bobagens, quando a dor era verdadeira não conseguia derramar uma lágrima. Não foi a primeira vez que romperam, ela nem tinha certeza se seria a última. Mas sabia que esse elo era importante,, principalmente agora. Mesmo com 150 mil metros quadrados de jardins, centenas de apartamentos, vários restaurantes, um luxuoso spa a rodeando e cruzando com milhares de pessoas todos os dias, ela nunca tinha se sentido tão solitária.
-- Paul? Quem é esse cara?
A chamada do e-mail a interessou: Olívia, não delete. Luz em Dubai.
Ela resolveu ler, apesar de ter de responder cinco e-mails da maluca que estava contratando o centro de convenções naquela semana.
"Olívia, tudo bem? Espero que tenha chegado bem a Dubai. Nicole, nossa amiga em comum, me passou seu endereço há uma semana, mas resolvi dar um tempo para você se adaptar ao que é considerado um dos melhores cartões postais do mundo árabe. Mas eu sei o quanto esse mundo onde tudo se constrói, enquanto ao redor tudo se destrói, pode assustar. Por isso estou a postos para lhe apresentar todos os pontos onde ainda é possível o resgate de referências e, assim, permitir que você tenha uma aterrisagem mais suave. A começar por um jantar, quando você puder. Tenha o seu tempo e me escreva quando achar que já consegue respirar de novo. Aguardo notícias suas. Paul'
Mas quem era esse Paul? Nicole nunca falou dele. Olívia gostou da sua abordagem e teve vontade de responder imediatamente, pedindo socorro. Mas não tinha certeza se a proximidade com algo relacionado a sua amiga, naquele momento, faria bem. A crise que ela teve no pub podia até ser passageira, mas a sua, com certeza, ainda duraria mais tempo. Arquivou o e-mail para pensar melhor no assunto outra hora.
(Leia o próximo em Mimeógrafo Digital)