junho 15, 2011

Nada

Esvaziei.

Não gosto de luz besta

Que não me devolve a intensidade dos azuis e vermelhos

Quero o mel nos olhos e o melado na boca

E as estradas longas impercorríveis

Quero minhas gargalhadas de volta

As borboletas no estômago

E até a metralhadora

Quero os 12, os 30 e muito mais

E a escada de 1000 degraus que levava ao paradaise

Que eu podia até subir de bicicleta

Sem precisar respirar e nem perceber o que caía no caminho

Como se fosse não fosse um diamante falso

Tem cura, doutor de chapéu de pirata?

Só trocando os fornecedores. De oxigênio.

E até os devaneios voltarem a ferver

Vaca amarela.