fevereiro 18, 2009

One love

Todo mundo desligando os motores enquanto as baterias se estressam. Que sejam elas. Mas vou deixar aqui um som que não é bem carnavalesco, mas não deixa de representar uma festa. Bob Marley. Só que tocado dentro do projeto Playing for change, que já comentei aqui. A música é tocada por músicos profissionais e muitos anônimos em várias cidades do mundo. Nesse vídeo são 35 performances, incluindo até Manu Chao. E ele também teve como proposta comemorar o aniversário de Marley, dia 6 de fevereiro. Vale a pena. Descansem, não descansem, divirtam-se, amem, sempre amem, se cuidem e tenham um bom feriado. One love.
Só uma observação: eu sempre penso onde eu estaria hoje se tivesse patenteado as imagens de Marley nas camisetas. Ou de Che Guevara. Provavelmente estaria louca brigando contra a pirataria. Ou riquíssima, vai saber.

fevereiro 14, 2009

O estilo e a ditadura

Jantar caseiro esta semana: uma amiga, minha filha e eu. No meio da conversa elogio a blusa de minha amiga. Ela disse que na próxima semana, quando eu estiver no Rio, onde ela mora, me leva até a loja. "São roupas para a nossa idade". Bastou a frase e, pronto, debate aberto. O que é roupa da nossa idade? A questão está invertida, é o que não podemos mais usar. Eu digo que não abro mão do decote, apoiada pelas duas. Mini saia. Nossa, mas isso não uso mesmo desde os 28, sei lá. Só na praia. Barriga de fora. Sem querer ser pudica, mas acho que a partir dos 16 anos a barriga de fora deveria mesmo estar abolida de alguns ambientes. Sobra, de novo, usar na praia, piscina, clube.
Se tudo está sobrando para a praia, chegamos em uma restrição abominável: biquini na praia. Ah, não, aí é demais. Uma amiga minha, com um corpo que dá de dez em muita garotona, comprou vários maiôs por conta dessa "regra". Talvez em churrascos de amigos e "conhecidos" na beira da piscina ainda vá lá. Mas na praia? O que fizemos de errado? Só estamos vivendo, vivendo, vivendo e, de repente, somos castigadas e condenadas ao exército das barrigas brancas? Xô, ditadores.

Libera logo
Pela primeira vez em muitos anos, e talvez a última, vou concordar com o ego planetário FHC. Se é consenso que é preciso mudar a legislação anti-drogas porque não começar pela liberação do uso pessoal da maconha? Se as pessoas, principalmente os jovens, continuam mesmo comprando não é melhor que entrem em uma cannabisaria relativamente segura, peguem seu baseado, e não fiquem expostas às negociações nos pés dos morros e com uma turma sem escrúpulos e amor à vida?
-- Ah, claro que FHC está pegando carona nesse debate, mas pelo menos o emplumado se posicionou.

Petulante
Alguém ainda ouve essa palavra? Pois eu ouvi duas vezes em quinze dias. A primeira veio de um amigo muito querido quando eu lhe disse que este ano estava sem nenhuma disposição de deixar minha garganta virar um brejo cheia de sapos. Ele completou, carinhosamente, que estou "quase petulante". A segunda vez foi ontem durante um almoço com amigos que não via há muito tempo e perguntei se eles conheciam o outro amigo meu que chegou na mesa. Eles trabalham todos juntos na redação de um grande jornal, se bem que em áreas bem diferentes, economia e variedades. E eu, "petulante", queria apresentar eles para eles mesmo.

Tempo
Todo mundo concorda, isso não é verão que se apresente. Mas eu sou otimista, acho que o resultado será bom: em pouco tempo São Paulo terá uma leva de boas bandas com sons produzidos nessas garagens todas onde a meninada deve estar trancada afastando o tédio e a chuva.

Turista acidental
Mais uma dica inútil do que você pode escutar em uma viagem. Chick flick é o que os caras chamam de filme de mulherzinha (como o post lá de cima). Aqueles com final feliz e ridiculamente forçado que faz com que a platéia feminina saia do cinema limpando as lágrimas e suspirando. Vi um final assim esses dias, não lembro o nome do filme mas era sobre o casamento de um princípe dinamarquês. Totalmente chick flick.

I can´t help falling in love
Eu fui em uma festa um dia desses muito legal. Os organizadores montaram um karaokê mas com banda. Além do acompanhamento, os músicos davam suporte nos vocais. Ajudavam, ah, ajudavam. Eu pedi para um amigo meu que é fã do Elvis cantar essa música, mas não deu tempo. E o que faz um gentleman que ficou sabendo disso? Me envia o link do cover do Bruce Springsteen. Hoje. Bom Valentine´s night. Fui.

fevereiro 03, 2009

Qual o signo do chefe?

Se eu pudesse escolher o signo dos meus chefes tenderia para Peixes ou Câncer. Mas, ao mesmo tempo, acho que poderia faltar um pouco mais de arrojo e então pensaria em Capricórnio (meu ascendente, por sinal). Acho que possivelmente seria uma das poucas pessoas que não teria medo de ser chefiada por alguém de escorpião (meu signo). Por experiência própria, a relação com chefe de touro seria de amor e quase ódio e muito insegura com Gêmeos. Sagitário, não sei não...
Mas, de qualquer forma, acho que jamais escolheria chefes de Leão ou Áries. Bom, esses dois signos, mais Capricórnio, Touro e Aquário, estão entre os cinco preferidos pela empresa austríaca da área de seguros que começou a escolher seus funcionários de acordo com o signo zodiacal. Segundo a companhia, "a estatística da empresa confirma que os melhores empregados sempre são de um desses cinco signos". Nada contra as pessoas destes signos, tenho grandes amigos em todos eles, mas me pergunto melhor para quem, não?
O sindicato dos trabalhadores dessa área não considerou discriminação a seleção por signo zodiacal. Segundo os dirigentes, dentro desses cinco signos podem ter velhos, jovens, brancos, negros, homens, mulheres. Será?

Bons tempos...
Alguém se lembra como era uma separação conflituosa antigamente? Os casais brigavam pela grana, bens, gato, cachorro, usavam as crianças como moedas de troca. Enfim, um caos. Pois é, quem diria que um dia iríamos achar que isso era "até" civilizado? Primeiro vem o cirurgião de Long Island que pediu, na Justiça, a devolução do rim que havia doado para a então esposa, 13 anos antes. Depois o maluco de Hesperia, na Califórnia, que atacou a ex-namorada com uma faca porque queria de volta os implantes de silicone que ele havia pago. Povo maluco.

Turista acidental
Para quem ninguém fique por fora quando viajar resolvi colocar periodicamente (praticamente um devezemquandário) algumas expressões em inglês que são usadas lá fora e não estão nos dicionários normais, só nos urbanos. Uma por vez, tá. A de hoje é "bedgasm", que representa um sentimento de euforia quando você trabalha 15 horas seguidas, tem uma cansativa viagem ou está estressado, e chega no seu destino. "Viajei horas e quando cheguei me joguei debaixo das cobertas e tive uns 10 minutos de bedgasm." Por hoje é só.

Man in the box
Eu jamais pensaria nessa música relacionada a um amigo meu. E antes que algum engraçadinho diga que ele se referia a alguém preso no armário já explico que se trata de algo um pouco mais complicado, alguém preso em uma "armadilha" que ele mesmo colocou no seu caminho. E que espero que ele consiga sair logo e de uma forma, no mínimo, prazerosa. Então, Man in the box com Alice in Chains. Essa foi a melhor versão, acreditem, mesmo com a censura a "shit". "Feed my eyes now you´ve sewn them shut".