dezembro 17, 2008

A estratégia do sonho


Esse título podia ser o dessa foto do Patrick Nosetto. Mas é da retrospectiva do Bertolucci que começa hoje no Centro Cultural do Banco do Brasil. Adoraria ter tempo para ver. Mesmo que saiba que nunca mais terei a sensação gostosa de entrar no cinema para ver, pela primeira vez, o já badalado O Último Tango em Paris. Ou de assistir várias vezes Novecento com o namorado que queria mudar o mundo. Bom, a mostra terá esses e outros, principalmente da primeira fase do cineasta. E com cópias 35 mm.

Emoção
Eu fiquei muito emocionada ao ler a história da menina de cinco anos que achou R$ 20 mil na manga de um casaco doado para as vítimas de Santa Catarina. Mesmo depois de ter perdido a casa em que morava, o avô, Daniel Manoel da Silva, procurou o doador e devolveu o dinheiro. Seu argumento era de que se tivesse recebido o dinheiro diretamente, aceitaria. Mas não foi o caso. Pelo que fez, ganhou R$ 1 mil. Para ser um belo conto de Natal, só se na semana que vem começassem a chegar doações específicas para ele, não? Presentes, dinheiro, material de construção.
É uma história que muitos classificariam como piegas e idiota, já que ele não tinha a quem prestar contas e poderia ter ficado com o dinheiro. Mas eu entendo que alguém como ele não teria feito outra coisa. É o que meu avô faria, tenho certeza. Outros tempos, outras vidas. Essa também é uma ótima retrospectiva, não?

What a Wonderful World
Só por conta disso, vamos com a clássica. Mas não amoleci tanto assim, portanto versão by Ramones. Ótima.

12 comentários:

Anônimo disse...

Meu sonho, agora, é seguir estrategicamente aquela estrada. Bela foto.

A sensação de ver alguns filmes pela primeira vez é como amor à primeira vista, não?

Sobre o cara de Santa Catarina, bela retrospectiva de integridade. Tão em desuso.

E, claro, Ramones.


Beijos

Anônimo disse...

E quem ia achar que vc amoleceu? kkkkkkk

Olha, pode acabar comigo, mas pque alguém iria costurar esse dinheiro na manga de um casaco?????Coisa boa não devia ser, então elas por elas, ficaria comigo.

Do último tango não sei nada, só da manteiga.

Inté

Ricardo Soares disse...

estradas como essas são inspiradoras... ainda mais se percorridas pela sensibilidade de um bertolucci...gostei do post e continuo gostando do seu blog
kisses

Anônimo disse...

Começou mto bem, arrepiou na segunda história e terminou com chave de ouro.

Beijos

Verbo Feminino disse...

Mais uma vez, delícia passar por aqui.

A história emociona ainda mais depois das cenas grotescas de voluntários e militares roubando donativos, né?

Beijo

Reiko Miura disse...

Kriko,

você esqueceu que antigamente se guardava dinheiro debaixo do colchão? E quantas vezes as pessoas já não guardaram um dinheirinho tão bem guardado que depois não encontrava mais mais? Estaria no meio de algum livro? no bolso de algum casaco antigo? Eu mesma já aprontei dessas e devo ter feito alguém feliz em algum lugar.

E Patty, tem razão, os tempos são outros, mas alguns princípios permanecem. Felizmente.

Anônimo disse...

Olha, até o Joey Ramone era capaz de ter dinheiro costurado no casaco, na calca jeans. Mas esse avô foi íntegro, o meu tbem teria feito isso.

Essa versão da música é ótima.


Bjs

Anônimo disse...

meu avô teria roubado o dinheiro da própria neta e ia gastar tudo em bebida, mulher e jogatina...

Anônimo disse...

Esse Marcio é tudo.

Acho que meu avô seria assim, se eu o tivesse conhecido saberia.


Inté

Anônimo disse...

Andarilha

Duro é doar o colchão da avó recheado de dinheiro. Mas nem valeria mais nada.


Inté

anna disse...

a coisa tá tão feia hoje prô nosso lado, que honestidade e ética parece conto da corochinha...

Patty Diphusa disse...

Oi

Pedro, é mesmo como amor à primeira vista. E que vc nunca esquece, não? Siga a estrada.

Kriko, imaginei que vc ficaria mesmo com a grana, rs.

Ricardo, inspiradora mesmo, não? Tks é bom ter vc por aqui.

Fe, tks. Vc é sempre um amoreco.

Lu, cenas horríveis, não? Lembra o horror que aquelas ilhotas ficaram depois do tsunami. Vixe.

Andarilha, o melhor é encontrar. E quando é dólar ou euro? Delícia. Pena que não tenho mais nada pra achar.

A1, duro seria o Joey lembrar depois. rs.

Marcio, que avô, hem...tirando a jogatina e o roubar dinheiro da neta, não dá para condená-lo, né.

Anna, pior é todo mundo te olhar meio estranho qdo vc faz algo assim. Eu fico imaginando o vovô de SC quanto não escutou dos vizinhos, amigos e parentes. Devem ter pensando em interditá-lo.

Bjs para todos