março 24, 2009

Adelante

Reflexos são bons sinais, pelo menos dá para ter certeza que há luz no fim do túnel. Foto de Miru Kim.

Refilmagens
O que leva alguns estúdios a fazerem uma refilmagem? Atualizar? Dar lugar para grandes atores brilharem nos papéis que na primeira versão foram mais apagados? Repetir boas histórias, já que os bons roteiros originais devem estar em falta? Tentar alcançar grandes bilheterias com fórmulas já conhecidas?
Assistindo a refilmagem de A Garota do Adeus (The Goodbye Girl) não há como não se perguntar porque isso foi feito. Na versão original, de 77, Richard Dreyfuss ganhou o Oscar pelo papel de Elliot Garfield, o ator que subloca o apartamento de um colega e quando chega lá descobre que a ex-namorada desse cara e a filha vivem lá. Marsha Mason vive Paula McFadden, ex-bailarina e a ex do ator que se mandou para a Itália passando o espaço para Elliot. Segundo se diz, Marsha vive o papel dela mesma já que o roteirista, Neil Simon, diz que se baseiou no período que foi casado com ela para contar a história. Com eles, trata-se de uma boa comédia romântica com ótimos diálogos e uma sintonia perfeita entre os dois personagens principais.
Em 2004 foi lançada a refilmagem que se chamou, vejam só, A Garota do Adeus de Neil Simon. Assisti hoje no Telecine e tive vontade de chorar. Jeff Daniels no papel de Elliot está exagerado, quase pastelão. Mas o pior mesmo é Patricia Heaton, a esposa do Ray em Everybody loves Raymond, no papel de Marsha. Sem graça, sem talento, sem provar a que veio. Como resultado, um filme chato, sem sentido.
Uma das melhores frases do filme é quando eles estão em um jantar romântico sabendo que, em seguida, irão para a cama juntos pela primeira vez. Quando ela lhe confessa que está nervosa, Elliot responde: "não fique, eu estarei lá com você".

Turista acidental
Para provar a bipolaridade desse blog, hoje aumentei minha cota de expressões inúteis que estão sendo usadas lá fora e um dia, quem sabe, podem até servir para algum viajante desavisado.

Social Notworking -- refere-se à prática de pessoas que gastam um tempo enorme em redes sociais no escritório quando deveriam estar trabalhando e não not working.
-- Se o chefe soubesse quanta "social notworking" ele faz todos os dias.

Facebookemon -- É referente à coleção de pessoas na lista de amigos do Facebook que você não conhece e muitas vezes nunca ouviu falar. São os próprios pocket monsters que originaram o nome Pokemon.
-- Confessa, a maior parte da sua lista é Facebookemon.

Lehman Sisters -- São as viúvas e namoradas dos executivos da Lehman Brothers que ficaram órfãos com a quebra da empresa.
-- Não conte com Fulana e Sicrana para ir às compras com você. Elas são Lehman Sisters agora.

Show, show
Só para registrar porque todo mundo já falou muito e o assunto cansou. Mas que o show do Radiohead foi um puta show, foi. De arrepiar.

Surviving Desire
Não vou colocar música hoje, mas uma silenciosa dancinha na rua. Essa é a visão irônica de Hal Hartley, que adora destruir clichês das tradicionais histórias românticas. O filme é Surviving Desire, de 91. E, claro, com Martin Donovan, que adoro. Mas o que faria um cara com vontade de dançar após dar o primeiro beijo na mulher que ele está interessado, sem orquestra, sem chuva?

9 comentários:

Eliana Mara Chiossi disse...

Pra te dizer bom dia,
pra dizer que é bom saber que há reflexos e luzes no fim do túnel
e que no próximo passeio em Sampa,
nosso café tá marcado...

Beijinhos

Anônimo disse...

refilmagens são quase sempre inferiores, assim como sequencias são quase sempre forçadas. mas é claro, há exceções. e parece que o radiohead vai se transformar no segundo 'melhor show que não vi'. o primeiro, imbatível, continua sendo o do neil young no rock in rio. bom dia pra você, patty, e fazendo votos - para todos nós - que a luz no fim do túnel não seja a de um trem vindo em sentido contrário...

leve solto disse...

Patty, adorei as expressões..rs

Quando li o post do Chorik ontem, me lembrei que você iria ao tal show... Tomara que ele nem passe por aqui, tadinho... rs

bj

Anônimo disse...

Patty, vc foi então ao show? Imagina que ia perder essa.

Acho que podia ter o Orkutkemon também né? Ou Orkutghost, o que tem de fantasma na lista das pessoas. kkkkkkk

Dancinha esquisita.

Inté

Anônimo disse...

Belíssimo show mesmo Patty. E o que foi a platéia continuar Paranoid Android, deixou o Thom Yorke desbundado. E 40 mil pessoas cantando Creep com ele? nossa, de arrepiar mesmo.

Abs

anna disse...

meus filhos, 20 ela e 17 ele foram ao show sairam dizendo ter sido o melhor da vida.
tudo bem... aos 20 e 17 as vezes as coisas parecem definitivas, mas fiquei com a sensação de que deve ter sido assim prum monte de gente.
e de qq idade.

BL disse...

Foi o show da década.

Patty, coloca uma musiquinha nessa dança vai.

Bjs

Anônimo disse...

Mas, BL, o lance da dancinha parece ser mesmo o silêncio. Fica engraçado quando vc lembra do cantando na chuva.hehe

Caraca, todo mundo foi nesse show é? Eu não tive nenhuma vontade mas fiquei achando que marquei.

Patty Diphusa disse...

Ois

Eliana, marcadíssimo. E contando os dias para o grande lançamento.

Marcinho, dois shows maravilhosos. Cada um a seu estilo, claro.

Mara, saudades. Valeu mesmo ter ido.

Kriko, super vale pro Orkut. Tem ghost a dar com pau. Engraçado é como as pessoas vão te convidando sem nem saberem quem vc é. eu não aceito.

Betão, tudo muito emocionante. E Fake plastic trees, Exit, e tudo mais. Lindo.

Anna, pra todas as idades, sem dúvida. Agora com 17 e 20 anos a vibração é muito doida, não? Nunca irão se esquecer.


BL, colocar música? Acho que o A1 tem razão, o legal é o silêncio. Mas uma versão musical até que seria uma. Será que consigo?

A1, vai passar muito no Multishow. rs

Beijos para todos