agosto 09, 2007
Brincando de chapéuzinho vermelho
Eu tenho uma amiga mineiríssima que mora no Rio e também é carioquíssima. Eu a adoro, é inteligente, alto astral e com muita energia. E de uma alegria contagiante. Ela já passou dos 50 anos e descobriu, recentemente, que vai ser avó. Ainda está comemorando. Mas o mais gostoso é ouvir do marido: "volta logo para casa para a gente brincar de chapéuzinho vermellho". Que lobo me saiu esse rapaz. Ela já chegou a uma fase do descompromisso com o pré-estabelecido e está cada dia mais se desligando de tudo pelo qual se descabelava tempos atrás. Sabe que pode fazer qualquer coisa, inclusive pintar o cabelo de azul. Mas, por enquanto, só o curso de percussão. Ela tem uma filha adolescente que ainda mora com ela e que vive o dia-a-dia da mãe maluquinha. São companheiras no curso de "batuque", como diz a mãe. E a filha ainda precisa aguentar os apelidos que a doidinha costuma dar, como os para ela e seu namorado, nada mais, nada menos, do que Flatulady e Flatulord. É para matar. Um dia desses a minha amiga conversava com um empresário, na casa dos 60 anos, riquíssimo e a cópia do Danny de Vito. Ele vai se casar com uma garota de 27 anos e garante que é amor. E ainda diz para minha amiga: " se fosse a gente se casando ninguém diria que é golpe do baú". Dessa vez ela pensou antes de falar, mas a resposta já estava na ponta da língua: "mas seria um golpe do baú, só que perfeito, porque ninguém perceberia'. Continue assim, amiga, eu tiro o chapéu violeta para você.
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Um comentário:
What hell´s Flatulady and Flatulord?
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