Mulher já tem fama de braço no trânsito. Tudo bem, vamos deixar para lá porque eu encontro cada motorista, do sexo masculino, que dá vontade de mandar trocar pneu de alguém que está precisando e deixar as ruas para quem conhece o babado. Mas imaginar que existe uma casta de mulheres motoristas, assim já é demais. Pois foi o que eu descobri na renovação do meu seguro. Depois de reclamar um monte do valor, o corretor me disse que era por conta do perfil. Entre eles, o fato de eu ser divorciada. "Mas posso ser viúva, isso muda?". Não, a categoria é a mesma. E como é essa divisão? Fico sabendo que as casadas são as que pagam menos seguro. Pode? Dá para entender um treco desses? Como diz uma amiga minha -- solteira, claro -- não basta elas terem maridos para dividir o pagamento do seguro, ainda têm bônus? Qual pode ser o critério de uma coisa dessas? As viúvas e as divorciadas saem mais de casa? Estão mais sujeitas a seduções e terem seus carros roubados? Não têm o marido do lado dando instruções, aos berros, sobre a maneira delas dirigirem? Não entendi. Mas descobri que para isso não precisa ser casada no papel, vale uma união estável de mais de dois anos. Ah, porque não falaram antes? Mudei meu perfil para casada convencida. E pago menos, tá? E se achar uma mulher braço na rua vou logo dizendo: deve ser divorciada ou viúva, o seguro tem razão. Nada como cinco minutos para mudar a vida de alguém, não?
setembro 11, 2007
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