Morei 10 anos na Martiniano de Carvalho. Eu me lembro do primeiro Natal que passei lá, 10 dias depois de ter dado à luz a minha filha, um presente divino que ganhei sem saber se merecia. Mas aquele Natal eu estava em plena crise de depressão pós-parto. Com um bebê nas mãos e sem a mínima idéia se eu daria conta do recado eu só tinha dúvidas e inseguranças. Cambaleando aqui, tropeçando ali, acho que consegui. Vivi dias muito felizes naquele apartamento, mas também enfrentei momentos muito duros. Todos nós. Nem sei, exatamente, porque mudei dali. Agora, passado tanto tempo, descubro que tive um vizinho durante dois anos que, atualmente, é uma pessoa muito querida. A foto da placa foi tirada por ele, que foi conferir o lugar para ter certeza de que vivemos tão próximos e sem saber da existência um do outro. Era o mesmo lugar. Ele, o Redneck, escreveu um post contando toda a história. Provavelmente nos cruzamos várias vezes no elevador, no hall, ele deve ter ficado puto com as festas barulhentas de aniversário de minha filha, enfim, tinha tudo para nos amarmos ou odiarmos, como todos vizinhos. Mas ficamos indiferentes. Há sete anos nos conhecemos e só agora descobrimos essa proximidade. Eu tenho uma lista enorme de coincidências na minha vida, sempre com pessoas bacanérrimas, porque das malas esqueco logo. Porisso sempre gostei de dizer que o universo toma conta, isso muito antes de O Segredo aparecer e bombar em vendas de livros e DVD. Mas continuo acreditando nisso, acho que há vários tipos de energias que se procuram, não há limites físicos ou coisas que possam ser explicadas. Simplesmente acontecem. É a tal da sincronicidade que hoje usamos tanto para atualizar todos nossos apetrechos eletrônicos. Isso é só uma reprodução do que já acontece com a gente, seres humanos. É isso. Que bom, não Redneck?
setembro 23, 2007
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Um comentário:
E o melhor é que não precisamos de fios para sincronizar. Somos todos wireless, prontos para plugar nos primeiros notes/pessoas que valem a pena. A sincornização funciona, e bem, ao contrário de algumas redes que caem ao primeiro tropeço de algumas aranhas pesadas. Não é - e não foi - o nosso caso, Patty. Viva a rede wireless mundial de sincronia humana. Beijo.
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